É incrível como em apenas uma fracção de segundo as nossas vidas podem mudar.
Até que ponto a nossa vida depende das vidas dos outros?
Por muito que tentemos proteger os que mais amamos, será que conseguimos realmente impedi-los de sofrer?
Na ânsia de os proteger, por vezes somos nós próprios que acabamos por magoá-los, mesmo sendo o que menos desejamos.
De repente a vida prega-nos uma partida e tudo deixa de fazer sentido.
Quando esse momento chega, nós, nunca estámos preparados.
É costume dizer que depois da tempestade vem a bonança.
Porque razão a felicidade é um mistério tão grande, porque será que ela é tão difícil de alcançar?
Será mesmo necessário sofrermos tanto para sermos felizes?
Com a pretensão de que merecemos mais do que os outros, sofremos com pena de nós mesmos. Andamos sempre tão preocupados em pensar no que nos falta para sermos felizes, que não temos capacidade de parar.
De ver que a felicidade afinal esteve sempre ali.
Todos nós queremos percebê-la como um bem.
Alguns procuram-na em alguém que os faça sentir mais jovens, outros procuram-na no sítio errado.
Existem ainda alguns corajosos que pensam que podem alcança-la sozinhos, mas depois apercebem-se que necessitam de ajuda. Existem ainda aqueles que não conseguem ver para além deles mesmos e continuam à procura.
Eu encontrei a minha felicidade junto dos que mais amo e todos os dias a sinto num gesto, num carinho, num sorriso, num olhar.
retirado da série televisiva «Casos da Vida»
O relógio marca duas e vinte e três da manhã e aqui estou eu mergulhado no silêncio da noite, acompanhado pela melodia do vento que passeia as folhas caídas, juntamente com o bater de um coração, coração sem identidade porque apesar de ser meu, não me pertence e também ele anda à deriva pelo meio das folhas.
O relógio não pára, nem o relógio nem este coração, apesar de quase não se fazer ouvir porque o seu rumo não se encontra definido.
Bate fraco, bem baixinho mas quando algo de bom passa por ele, ele estremesse e solta um grito bem alto e bate bem forte como que se fosse saltar para fora do peito. No meio de tudo aquilo, certamente deveria ter sido algo mesmo forte capaz de quebrar aquela melancolia.
E foi. Foi mesmo algo forte, algo nunca antes vivido desta maneira. Foste tu. Tu que entraste neste pobre coração quase despercebido e ficaste, teimaste em ficar - mesmo quando pensei que te tinhas ido embora percebi que permaneceste sempre no teu canto - e daqui já não sais (nem eu quero que saias).
Invadiste de tal modo este coração que inventaste um controlo remoto com capacidade de controlar todo o meu pensamento, actos e sabe-se lá o que mais...
Mas de uma coisa te garanto, agora que tomaste controlo de toda a situação, agora - se quiseres sair - sou eu quem te vai impedir e ordenar que fiques e que cumpras as funções do lugar que ocupaste neste meu coração que já bate por ti e que a cada dia que passa se faz ouvir mais alto e melhor.
O relógio não pára, nem o relógio nem este coração, apesar de quase não se fazer ouvir porque o seu rumo não se encontra definido.
Bate fraco, bem baixinho mas quando algo de bom passa por ele, ele estremesse e solta um grito bem alto e bate bem forte como que se fosse saltar para fora do peito. No meio de tudo aquilo, certamente deveria ter sido algo mesmo forte capaz de quebrar aquela melancolia.
E foi. Foi mesmo algo forte, algo nunca antes vivido desta maneira. Foste tu. Tu que entraste neste pobre coração quase despercebido e ficaste, teimaste em ficar - mesmo quando pensei que te tinhas ido embora percebi que permaneceste sempre no teu canto - e daqui já não sais (nem eu quero que saias).
Invadiste de tal modo este coração que inventaste um controlo remoto com capacidade de controlar todo o meu pensamento, actos e sabe-se lá o que mais...
Mas de uma coisa te garanto, agora que tomaste controlo de toda a situação, agora - se quiseres sair - sou eu quem te vai impedir e ordenar que fiques e que cumpras as funções do lugar que ocupaste neste meu coração que já bate por ti e que a cada dia que passa se faz ouvir mais alto e melhor.
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