Montanha-russa chamada coração.

Existem momentos na vida de cada um que nos marcam.
Normalmente é algo incomum e que capta a nossa atenção, algo que foge da nossa rotina, algo que não conseguimos controlar. Mas há casos em que um simples gesto, olhar ou expressão se torna num desses momentos, sem esquecer claro o mais importante, as pessoas que proporcionam esses momentos. As pessoas que realmente importam. As pessoas que marcam.
Fazendo uma retrospectiva à velocidade da luz, ocorrem espontâneamente inúmeras situações, desde um abraço de uma amiga, uma palavra carinhosa da nossa cara-metade, uma situação caricata às tantas da manhã, ou até o famoso primeiro beijo. Tudo isto e muito mais vai-se armazenando na nossa memória e, mais importante ainda, no nosso coração. E é ele, esta pequena máquina que nunca pára, que vai pesar tudo, dando a merecida importância a tudo o que nos rodeia.
Depois claro está, existe sempre o lado menos bom, as tristezas da vida, ou os dissabores que a mesma nos prega, sendo quiçá mais importantes - porque por mais que digam o contrário, às vezes só damos importância às coisas más da vida, onde deveria ser exactamente o contrário. Desde um mal ente 
ndido, uma discussão mais acesa, passando por um desgosto amoroso, uma traição, e acabando numa quebra de confiança, entre muitas outras coisas menos agradáveis. E nestas alturas, sentimos o mundo a cair-nos nos ombros, dá vontade de gritar, gritar, berrar e chorar, e chorar mais uma vez, e outra, e outra... e não controlamos e sentimos raiva de tudo e de todos, vontade de desaparecer, vontade de espancar a primeira pessoa que nos apareça à frente, quando nem um prato partimos. Porque a mágoa, é um sentimento que toma controle do nosso corpo, da nossa mente e que nos deixa desolados. 
Mas passa? Claro que sim! Demora o seu tempo, mas passa! Esse tempo é o que custa. Curar as feridas arde mas há de chegar o dia em que desaparecem. Por vezes fica uma marca, uma cicatriz, que nos vai fazer relembrar tudo aquilo que passamos, mas nessa altura já não vai doer quase nada, quanto muito só nos vai incomodar quando nos lembramos. E isto vai repetir-se vezes sem conta ao longo da vida de qualquer um.
Rir e chorar faz parte. Se tudo fosse um mar de rosas, se todos fossemos iguais, qual era a piada?
Mas no fundo, tudo isso é nada mais, nada menos que uma - ou várias - lição de vida que esta mesma nos dá e nos ensina a vivê-la melhor. A tudo isto, chamo-lhe de aprendizagem, aprendizagem para uma vida, futura, melhor.